dc.description.abstract |
Este trabalho de pesquisa versa sobre uma possível inter-relação entre temáticas
da área da Musicoterapia e da Psicologia Sócio-Histórica, na busca de visualizar
as histórias de relação que os jovens vivenciam com a música. Neste direcionamento, seu objetivo é estudar os significados e sentidos expressos nas narrativas que os jovens constroem sobre sua história de relação com a música. Foram entrevistados três jovens com idade entre 20 e 23 anos, estudantes do primeiro ano do curso de graduação em Musicoterapia - que o iniciaram em 2004 - da Faculdade de Artes do Paraná, na cidade de Curitiba. Trabalhou-se com a Entrevista Narrativa (Schütze, 1977) focada na Memória Musical e Autobiografia Musical (Ruud, 1998), junto da escuta das músicas significativas trazidas pelos jovens, em cd, fita k-7 ou tocadas e cantadas no momento da entrevista. O foco principal esteve sob as narrativas tecidas pelos participantes acerca das experiências musicais vivenciadas e dos significados e sentidos que elaboram sobre estes eventos e seus contextos, ao longo de suas vidas. Num duplo movimento entre teoria e dados empíricos foram-se construindo as categorias emergentes das próprias narrativas, que permitiram visualizar os momentos da história de relação com a música entremeada aos contextos coletivos e singulares. Percebeu-se que das vivências em situações concretas permeadas pela dimensão afetiva, os jovens encontraram e vivenciaram a utilização viva da música. Situações estas que deram margem para a construção dos significados da mesma, em toda esta trama. Significados estes que são, principalmente, constituídos e construídos pelos sentidos envoltos as emoções, sentimentos, desejos, vontades, interesses, motivações de sujeitos em constantes relações com o contexto sócio-cultural. Significados/sentidos que demonstram a utilização viva da música e a constante movimentação de sujeitos implicados com a
atividade musical, que constituem esta atividade enquanto ela também é constituinte deles. |
pt_BR |