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O desafio contemporâneo na ciência jurídica é reabilitar o político, o social e o
cultural diante da hegemonia de uma razão econômica degradada quanto aos
valores humanos, e auxiliar a construir uma civilização mais humana e digna de se
viver. Neste sentido, o objetivo geral desta tese é analisar a dignidade da pessoa
humana como paradigma do direito econômico transnacional e sua viabilidade na
regência de uma ordem econômica que seja construída em compatibilidade ao
humanismo, apresentando a aplicabilidade da dignidade da pessoa humana na
economia pela proposta de um modelo de economia humanista, demonstrada na
prática pelo capitalismo humanista empreendido no caso empresarial de Brunello
Cucinelli. A dignidade da pessoa humana confere a razão lógica e o significado ético
para se pensar em uma ordem econômica dentro de uma perspectiva humanista.
Economia, capitalismo e humanismo não são incompatíveis, por isso, é preciso
enfrentar o desafio de se pensar em um sistema produtivo fundado a partir do
humanismo, compromissado com direitos e deveres humanos, aplicando na prática
o direito inato da dignidade da pessoa humana. Este é um ideal que pode ser
aplicado mesmo em uma economia que ultrapassa as fronteiras nacionais e entra no
cenário globalizado e transnacional, unindo os méritos da iniciativa individual,
produtividade, eficiência com contribuições fundamentais da cultura humanista
promotoras da virtude, da beleza, da cultura, da arte, da ciência, do bem-estar, da
solidariedade, da fraternidade, da cooperação. Quanto à metodologia, registra-se
que o relatório dos resultados expresso no presente trabalho monográfico é
composto na base lógica indutiva. |
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