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A carência de estudos históricos sobre a psicoterapia, levou-nos a pesquisar o que tem
sido a escrita dessa história no Brasil, ao longo do tempo. Tendo como fontes primárias
artigos publicados em 23 periódicos brasileiros, que trazem o tema psicoterapia, terapia
e terapêutico(a), no período compreendido entre 1955 e 2010, encontramos 532 artigos
trazendo os descritores, 197 deles com dados históricos para a psicoterapia. Realizamos
dois levantamentos: o primeiro considerou o período entre 1994 a 1999 – seguindo o
artigo de Teixeira e Nunes (2001), “Psicoterapia: Uma História Sem Registro” – e o
segundo expandiu o período da pesquisa, de 1955 a 1993 e 2000 a 2010, nos mesmos 23
periódicos. Nos 197 artigos escrevem 266 autores. No período 1994 – 1999, 33% dos
autores são psiquiatras, 18% de outros autores seguem a abordagem psicanalítica e os
51% restantes distribuem-se em outras perspectivas. Ao longo de 48 anos, segundo
levantamento, a preponderância do número de autores é da psicanálise e da psiquiatria,
aparecem também, com presença significativa, a fenomenologia e a abordagem centrada
na pessoa, tendo-se percebido crescimento significativo das linhas cognitivo
comportamental. Constatou-se que a leitura de artigos completos permite encontrar
informações sobre uma história da psicoterapia. São nomes de pessoas ou de eventos
associados à psicoterapia ou a práticas interpretadas como próprias ou próximas ao que
se tem chamado de psicoterapia. No final, considerando a dificuldade de se encontrar
definições de psicoterapia nos artigos estudados, buscamos definições em dicionários,
entre elas, a definição da American Psychological Association (APA), do Conselho
Mundial de Psicoterapia, do Conselho Federal de Psicologia e uma que difere de todas,
a do dicionário de Ontopsicologia. A partir de uma rápida análise das definições,
constata-se que não existe um consenso sobre o que é Psicoterapia e discute-se se é
possível uma história da psicoterapia. |
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