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A presença constante das imagens fotográficas, na contemporaneidade, evidencia-se em um cotidiano marcado pelo intenso uso da imagem fotográfica, levando a um olhar naturalizado e que, em princípio, não impacta a vida dos sujeitos. A partir da aliança entre o smartphone e o acesso à internet banda larga, nasce a fotografia conectada, da qual é difícil evadir, pois, em todos os momentos do cotidiano, podemos nos expor e nos comunicarmos numa fusão de fala e de imagem. Nos atuais estudos sobre comportamento informacional e práticas informacionais, falta compreensão de como os sujeitos fazem uso das imagens. Neste contexto, do ponto de vista do sujeito, cabe a questão - podemos identificar efeitos positivos ou negativos no uso de imagens fotográficas, na perspectiva da Ciência da Informação? O objetivo geral consistiu em analisar estudos sobre o uso da imagem na Ciência da Informação e, com base em critérios da Ontopsicologia, agregar valor aos estudos das práticas e comportamentos informacionais dos sujeitos frente a imagens fotográficas contemporâneas. O objeto de estudo comportou o uso dessas imagens fotográficas. A pesquisa, de abordagem qualitativa e de natureza interpretativa, baseou-se em três fases: a) identificação de distintas formas de uso das imagens fotográficas, resultando em cinco práticas de uso: I. Imagem conectada; II. Imagem híbrida e reapropriada; III. Imagem e autorretrato; IV. Imagem efêmera; V. Imagem e os valores sociais. Uma vez identificados os usos, propomos: b) a identificação de funcionalidades (positivas ou negativas) no uso das imagens fotográficas. Após essas duas fases, com auxílio da Ontopsicologia, entendemos que o uso de imagens fotográficas e a funcionalidade desses usos devem estar associados à percepção visceral (organísmica) e desenvolvemos: c) um experimento. Neste, utilizamos 09 imagens fotográficas, analisadas por 20 adolescentes, em que objetivamos compreender o uso da percepção visceral com atenção voltada às variações emotivas. Ao analisarmos o uso da imagem fotográfica, concluímos que não podemos enfatizar apenas quais usos os sujeitos fazem da imagem, mas, sim, observar também o que a imagem ocasiona aos sujeitos, sugerindo, nesta pesquisa, portanto, que é a imagem que dá a funcionalidade (positiva ou negativa), e não o uso, isto é, a funcionalidade ou não funcionalidade, antes de tudo, dá-se pela imagem. Para conhecermos a funcionalidade, substancialmente, adicionamos o critério organísmico (visceral) ao critério lógico-racional. Por fim, é importante ainda salientar que o uso da imagem fotográfica conectada traz a característica do uso interativo, isto é, o sujeito se crê ativo na interação por meio das imagens fotográficas, mas é passivo diante da ação dos complexos. |
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