Aplicação prática da Ontoarte na elaboração de projetos de edificações buscando uma arquitetura ontológica

Abstract

Esta pesquisa teve como objetivo evidenciar a aplicação da OntoArte no âmbito da arquitetura buscando obras mais côngruas à identidade de natureza do ser humano, em especial, por meio da aplicação das sete premissas para a realização da OntoArte. Para isso, realizou-se estudo teórico-empírico e qualitativo constituído por três etapas: revisão da literatura, aplicação de questionário a arquitetos que empregam a OntoArte na sua atuação profissional, e uma análise do autor, engenheiro projetista, estudante do Bacharelado em Ontopsicologia e estudioso da OntoArte, sobre a arquitetura OntoArte localizada no Recanto Maestro, Rio Grande do Sul, Brasil. Os resultados obtidos foram: (I) constatação de correlação entre a maioria das premissas à OntoArte e as principais concepções trazidas por renomados profissionais da área, de diversos países, faltando em quase todos a explicitação da premissa (5) Ser um técnico da intencionalidade vital do cliente, e faltando em todas explicitação da premissa (6) Fazer supervisão crítica de diagnose ontopsicológica; (II) evidenciação da presença ou aplicação das sete premissas na atuação de três profissionais da área; (III) análise in loco acerca da funcionalidade, estética e relação entre a arquitetura e o seu fruidor. Entende-se que as correlações teóricas e teórico-empíricas feitas podem contribuir para a compreensão, elucidação e ilustração sobre o que é e como se realiza a OntoArte, em especial, a arquitetura OntoArte. Espera-se que este estudo possa evidenciar uma ferramenta a mais para que os profissionais da área possam ter resultados mais funcionais, belos e satisfatórios por meio da realização da OntoArte em seus projetos através da aplicação das sete premissas citadas. Um projeto de edificação com aplicação de ontoarte resulta por exemplo em uma residência que não deve ser só um abrigo à chuva e ao frio e nem um espaço arquitetônico enrijecido ou um local para comer, dormir e acumular produtos adquiridos por sugestão e imposição, mas sim uma arquitetura onde o homem registra um bem-estar individual e organísmico.