dc.description.abstract |
Roma nos deu o latim, base de nossa língua portuguesa, a construção civil, a difusão das artes, as instituições políticas e o uso da estratégia; até mesmo a produção do vidro devemos aos romanos. Mas os romanos nos deram sobretudo a ratio, a razão, por meio da qual, a partir de uma perspectiva antropocêntrica, organizaram cientificamente o direito e conduziram um estilo de vida cuja ética estava centrada no homem. A cultura mais sólida que ainda hoje substancia a relação ao estado e à sociedade é a cultura romana. Mas quem foram os romanos? Os romanos se centraram no homem e, portanto, em si mesmos, assumindo a responsabilidade pela sua condução na história, imbuídos de um objetivo maior e transcendente ao momento presente. Mas isso só é possível compreender plenamente quando se parte do núcleo e forma da unidade de ação que é o homem: o Em si ôntico. O Em Si ôntico, principal descoberta da ontopsicologia, permite encontrar a sanidade-base radical através da qual o homem pode inserir-se na radicalidade de todas as outras coisas que lhe são próximas. Como disse Terêncio, poeta romano, "nada do que é humano é estranho a mim, que sou humano". Os romanos pela ratio, por sua grandeza, que pode ser traduzida como transcendência e por seu estilo de vida contribuíram para as bases do humanismo clássico e se perenizaram no tempo. É o que este trabalho procurará demonstrar, partindo da análise das formas atávicas do direito introduzidas pelos romanos, de excertos constituídos por relatos, trechos de obras e imagens. Não será possível neste curto espaço coligir tudo, mas será possível oferecer um panorama, com relativa unidade e se o leitor com isso tiver aguçada sua curiosidade para saber mais sobre os romanos, o objetivo deste trabalho terá sido alcançado. |
pt_BR |