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Esta pesquisa nasce de mais de vinte anos de trabalho com paisagismo e venda de plantas. Entre tantas histórias ouvidas e vendas realizadas, parecia estar implícita a demanda trazida pelas pessoas de alimentar o próprio jardim, buscando também alimentar a própria vida ou criar meios para vivê-la de forma nova. Assim, surgiu a pergunta que norteou esta pesquisa: O contato com a terra por meio do jardim pode nos auxiliar na nossa reconexão pessoal? Objetivou-se compreender a relação entre o empenho com o próprio jardim, o contato com a terra e a autogênese individual em momentos de crescimento e reconstrução pessoal. Trata-se de uma pesquisa de natureza qualitativa e de tipo exploratória e observação participante. A coleta de dados se deu em dois momentos: entrevistas semiestruturadas e observação participante. Os resultados, a partir da indagação inicial, evidenciam que a vivência dos participantes com a terra e com a jardinagem em si tem aspectos intimamente ligados com a vida dos sujeitos, e não se restringe tão somente ao mero ato de cultivar as plantas, mas acabam interferindo no cultivo da própria vida, ou seja, a vivência em um jardim é um fator transformador e de compreensão de si mesmo. Os sujeitos relatam que têm uma melhoria exponencial na própria existência, enquanto interagem com a terra. E a criatividade é extremamente estimulada e vivida no contato com as plantas do próprio jardim, pois a mente humana passa a ter mais possibilidades do processo criativo e, sobretudo, intuitivo. |
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