Abstract:
A temática da pesquisa é a análise da comunicação não verbal na prática dos advogados, investigando como a cinésica, a proxêmica e o campo semântico podem auxiliar na interação com os clientes. A comunicação, em sentido amplo, abrange a linguagem verbal e a não verbal, sendo que em relação à última são considerados como elementos de análise gestos, expressões faciais e linguagem corporal. A habilidade de interpretar a linguagem não verbal permite aos advogados compreender melhor as necessidades e intenções dos clientes, além de avaliar a credibilidade das informações fornecidas. Para analisar a linguagem não verbal, é essencial entender a comunicação cinésica, que envolve o movimento autônomo que o sujeito faz nas suas interações, a proxêmica relacionada ao gerenciamento do corpo em relação ao espaço e à distância, e também a compreensão do campo semântico, entendido como a comunicação que ocorre no interior de duas ou mais individuações mediando as informações que chegam sem que haja deslocamento de energia. O problema de pesquisa consiste em investigar como os advogados podem utilizar a linguagem não verbal, para aprimorar suas interações com os clientes e, consequentemente, melhorar sua atuação profissional. Essa pesquisa visa contribuir para uma compreensão mais profunda da importância da comunicação não verbal na prática jurídica e oferecer orientações práticas para os advogados aprimorarem suas habilidades comunicativas. Foram empregadas entrevistas semiestruturadas em advogados com, pelo menos, 5 anos de experiência na prática jurídica e residentes na cidade de Santa Maria/RS. Para análise dos resultados, optou-se por adotar a análise temática como estratégia analítica, desse diagnóstico emergiram seis categorias não a priori através das quais permitiu-se evidenciar que há uma conscientização dos entrevistados sobre a importância da leitura da comunicação não verbal como importante instrumento na interação entre advogados e clientes, assim como a tendência dos advogados confiarem mais em suas habilidades racionais em comparação com as suas aptidões intuitivas e, por fim, o indicativo que é necessária uma aprendizagem contínua sobre essa temática para promover uma prática jurídica mais completa e ficaz.
