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Ao longo dos séculos, diferentes correntes filosóficas recorreram à noção de evidência para fundamentar a validade do conhecimento, mostrando que, sem ela, o acesso à verdade permanece incerto ou impossível. Nesse contexto, o presente artigo busca explorar a categoria da evidência na Ontopsicologia a partir da Filosofia. O artigo parte de dois autores da história da Filosofia, Husserl e Duns Scotus, para demonstrar como Meneghetti e sua Ontopsicologia responde e dá continuidade ao exposto por esses dois pensadores. A escolha de Husserl e Scotus se dá por serem autores que recuperam a evidência no processo de conhecimento; Scotus a partir do próprio ser individual (ecceidade) que justifica o conhecer por si mesmo e Husserl por fazer notar que todo conhecimento é validado pela evidência. São os pontos de ligação de ambos como propedêuticos ao método ontopsicológico. Assim, tem se como objetivo do artigo esclarecer qual foi o progresso que a Ontopsicologia trouxe para a compreensão da categoria ontológica da evidência. O método utilizado na pesquisa foi o indutivo. Como síntese das conclusões, tem-se que a Ontopsicologia introduz a ideia do Em Si ôntico como fundamento infalível da verdade, revelando que a evidência não é apenas um ato racional, mas uma vivência plena do ser na sua totalidade. Nessa perspectiva, a evidência torna-se uma experiência ontológica, isto é, de contato com aquilo que se é; contexto que resulta na evidência enquanto percepção organísmica, em que o objeto externo e o eu sou coincidem enquanto unidade de ação, permitindo ao ser humano não apenas conhecer a verdade, mas ser a própria verdade. |
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