Abstract:
A geografia acadêmica e também a geografia escolar se apresentam divididas em
Geografia Física e Geografia Humana e dentro de cada um desses campos de estudo
encontramos ainda muitas especificações que correspondem a estudos que dizem respeito à
natureza e ao homem, respectivamente. Essa situação tem ocasionado uma compreensão da
realidade também fragmentada: os estudantes não estão, em sua maioria, construindo
aprendizagens que fazem relação dos elementos da natureza com os da sociedade e ainda
considerando o homem algo à parte da natureza. Desse modo a presente pesquisa busca
uma solução para essa problemática nos conceitos e no fazer pedagógico da ciência
ontopsicológica. Para isso, buscou-se entendimento em bibliografias específicas da ciência
geográfica e da Ontopsicologia, realizou-se análise dos documentos orientadores da
educação brasileira Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs) e Base Nacional Comum
Curricular (BNCC) sobre quais são os objetivos das aprendizagens de geografia. Segundo
algumas atividades observadas em sala de aula do ensino fundamental e também em
questionário respondido por professores de geografia e pedagogos, pode-se constatar muito
claramente essa situação da separação dicotômica da geografia e ainda mais evidente ficou
a exclusão do homem em relação ao espaço da natureza. A ciência Ontopsicológica
apresenta uma compreensão diferente sobre o homem e a natureza, pois considera o
homem como ente feito do e no Planeta Terra e a natureza a forma como o mesmo faz suas
escolhas se são coerentes a sua original identidade e por isso sua relação com o ambiente
será sempre positiva, tendo esse ente um conhecimento profundo de si mesmo. No fazer da
pedagogia ontopsicológica, encontramos uma possibilidade de, a partir do que diz essa
ciência sobre o autoconhecimento, desenvolver atividades que podem levar à construção de
aprendizagens geográficas construídas segundo a relação de elementos humanos e físicos,
locais e globais e colocando o homem em sua real situação de homem natural. Desse
modo, pode se ter estudantes muito mais comprometidos com os espaços que ocupam,
promovendo através do autoconhecimento o desenvolvimento de si e da sociedade.