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O presente trabalho acadêmico faz parte da avaliação de conclusão do curso de
Licenciatura em Pedagogia da Antonio Meneghetti Faculdade. O objetivo geral desta
pesquisa foi: Compreender como a alimentação pode mudar a relação da pessoa consigo
mesma no sentido de desenvolver orientações a uma pedagogia alimentar para jovens.
São três objetivos específicos que ajudaram a conquistar a natureza desta pesquisa: 1)
Verificar a influência da cultura na alimentação e na escolha dos alimentos; 2) Identificar
como o corpo metaboliza o ambiente e o alimento; 3) Qualificar o que é a pedagogia
alimentar. É uma pesquisa de caráter exploratória e com abordagem qualitativa,
utilizando como técnica de coleta de dados o grupo de discussão. O grupo selecionado
para esta pesquisa foram adolescentes e jovens entre os 10 e 27 anos, todos eles
pertencentes ao projeto da Orquestra Jovem Recanto Maestro, desenvolvido na região da
Quarta Colônia de Imigração Italiana região central do Rio Grande do Sul. Esta pesquisa
surge por meio de uma motivação pessoal que mudou a relação e a perspectiva da
pesquisadora sobre como a alimentação consegue ser uma grande ferramenta na
preparação integral do ser humano, mas sobretudo na apropriação da, autonomia,
autoconhecimento e autorrealização nos adolescentes e jovens. Conseguimos identificar,
no grupo de discussão nos jovens que há 04 tipos de relações com o alimento: 1). Aqueles
que têm uma relação puramente biológica com a alimentação. Ficou evidente que esses
jovens conseguem ter as percepções no plano biológico. O estágio em que os alimentos
podem ser traduzidos também para a própria evolução psíquica é ainda uma relação não
feita por eles. Esses jovens possuem uma relação mais estereotipada, não conseguem
perceber o alimento como uma forma de autoconstruir-se. Nesse sentido a relação que
tem com a alimentação parte do âmbito da saciedade biológica. 2). Aqueles que
conseguem relacionar a alimentação com as emoções e o prazer, com determinados tipos
de alimentos e que dentro deste prazer existe uma harmonia estética preponderante, ou
seja, uma ordem e uma arte no fazer alimentar. 3). Aqueles que têm uma relação
patológica, isto é, padecem de alguma doença ou transtorno alimentar. 4). Aqueles que
começam a ter uma relação mais profunda, equilibrada, que entendem a importância do
ato de cozinhar, e sobretudo começaram a refletir sobre o impacto da metabolização do
ambiente, do tipo de alimento no corpo, mas também no próprio estado psíquico.
Compreendemos a pedagogia Alimentar como o objetivo de prover ao indivíduo os
instrumentos que possibilitem o seu desenvolvimento sadio nas escolhas de consumo de
alimentos que os ajudam a nutrir-se de maneira física e também espiritual. |
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