Abstract:
A prática de bullying entre crianças e adolescentes é um assunto que tem tomado destaque no meio social, pela forma cada vez mais agressiva e frequente que vem ocorrendo. Na tentativa de minimizar e até mesmo combater a prática de tal violência, viu-se a necessidade de intervir nas relações, principalmente no ambiente escolar, sendo, desse modo, publicadas as Leis 13.185/2015 e 13.663/2018, que objetivam, à primeira vista, combater a prática de bullying (a primeira), bem como criar medidas que combatam e previnam qualquer tipo de violência (a segunda), visando a promoção da cultura da paz dentro dos ambientes de ensino. Como alternativa para a aplicação do estabelecido nas referidas leis surgem as práticas restaurativas, as quais tem por objetivo a conscientização sobre fatos relacionais causadores de conflitos ou violência. Partindo deste ponto, este trabalho visa analisar se os professores das escolas estaduais de Restinga Seca possuem conhecimento sobre a aplicação das práticas restaurativas como medida de combate e prevenção ao bullying. Para tanto, foi utilizado o método de abordagem dedutivo e método de procedimento monográfico ou de Estudo de Caso, tendo em vista que os professores foram consultados, por meio de questionário, sobre seu conhecimento no que diz respeito a tais práticas e também a adoção de medidas para combate do bullying. Demonstrou-se que, mesmo que quase todos os professores tenham conhecimento sobre as práticas restaurativas, esta ainda não é aplicada com frequência na resolução de conflitos, porquanto, muitas das vezes os próprios professores desconhecem a existência de qualquer tipo de projeto implementado pela escola para conscientizar e combater tais atos. Por tanto, por mais que o assunto seja debatido e de conhecimento de grande parte dos alunos e professores, as escolas ainda possuem dificuldades quanto a preparação de professores para o enfrentamento de questões relacionadas ao bullying infanto adolescente.