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: O tema da presente pesquisa trata da análise dos direitos reprodutivos da
adolescente contemplados pela Lei de Planejamento Familiar em contraste com a campanha
‘Adolescência primeiro, gravidez depois – tudo tem seu tempo’ desenvolvida pelo Ministério
da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos em conjunto com o Ministério da Saúde.
Diante disso, o trabalho investiga se o conteúdo exposto pela campanha de combate a
gravidez na adolescência está adequado a Lei nº 9.263/96 e ao autônomo e efetivo exercício
dos direitos sexuais e reprodutivos das mulheres na adolescência? Utiliza-se do método de
abordagem dedutivo, e método de procedimento histórico, bem como, as técnicas de pesquisa
bibliográfica e documental. Faz-se primeiramente um estudo documental do papel da mulher
na sociedade e do panorama dos direitos reprodutivos no âmbito internacional e nacional. Em
seguida realiza-se uma pesquisa dos princípios norteadores da Lei de Planejamento Familiar,
a legislação vigente de proteção dos adolescentes e políticas públicas correlatas à questão da
gravidez na adolescência. Por fim, analisa-se criticamente e juridicamente se o conteúdo
exposto pela campanha está em acordo com o planejamento familiar e a autonomia
reprodutiva da adolescente. Desta pesquisa, compreendeu-se que a campanha desenvolvida de
combate à gravidez na adolescência não apresenta base científica nem qualquer comprovação
de possível eficácia na realidade social brasileira, inobservado os princípios norteadores da
Lei de Planejamento Familiar. Além de não abranger a todos os adolescentes por conta da
taxatividade em relação à idade, é também omissa quanto a preparação técnica e adequada dos
profissionais de saúde. Desse modo, a campanha em questão é inadequada em relação ao
disposto na Lei de Planejamento Familiar e ao exercício autônomo e efetivo dos direitos
reprodutivos das adolescentes. |
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